Em sua entrevista mais honesta de todas, Hailey Bieber enfrenta os críticos sobre seu casamento de alto padrão, sua carreira de modelo e os haters nas redes sociais. Aqui, leia  completa a matéria da capa e veja todas as fotos da edição de Outubro 2019 da Vogue Austrália.
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Derek Blasberg: Conte para mim sobre um dia comum na vida de Hailey Rhode Baldwin Bieber. Vocês estão morando no Canadá agora, certo?
Hailey Bieber: Nós temos uma casa lá. Em Los Angeles, é sempre um caos, e toda vez que tentamos ir a algum lugar não é fácil. No Canadá, temos um lugar realmente privado, uma grande propriedade e o Justin é de lá, então eu sinto que ele se sente mais confortável. Temos um monte de quadriciclos, é calmo e saímos. Passamos o Dia de Ação de Graças e o Natal lá ano passado, porque o inverno é especialmente bonito. Eu cozinho muito.
DB: Qual é o seu regime fitness? Você tem um físico muito bom para uma mulher que cozinha o dia todo.
HB: [risos] Eu realmente gosto de fazer Hot Pilates. Há um ótimo lugar em LA que foi iniciado por uma garota chamada Shannon Nadj. São 45 a 50 minutos de transpiração direta e saio parecendo um tomate encharcado. Eu era dançarina, então a razão de eu gostar de Pilates é porque é uma força corporal muito semelhante.
DB: Que tipo de dançarina você é?
HB: Eu fiz ballet por 12 anos.
DB: Ooh la la! Por isso você tem uma boa postura. Como foi sua transição de ser uma dançarina à uma modelo?
HB: Quando eu tinha em torno dos 17 anos de idade, eu estava em Miami fazendo o programa de verão Miami City Ballet e eu tive que decidir se eu ficaria lá e treinaria pelo resto do ensino médio ou se voltaria para Nova York e tentaria algo como modelo. Como dançarina eu me machuquei muito e não sabia se seria boa o suficiente para entrar em uma companhia quando terminasse. Eu finalmente disse para mim mesma: ‘Sabe?! Não sinto que você seja uma prodígio nisso. Sim, adorei e fiz bem, mas sabia que eu não seria uma dançarina profissional. Não fiquei arrasada, porque fui realista com isso.
DB: Você é uma garota do tipo tudo-ou-nada?
HB: Totalmente. Com a dança, você precisa ter muita habilidade natural, na qual eu tinha, mas tinha um pouco de pé chato também. Tem algumas garotas que possuem os pés com arcos perfeitos e elas conseguem transformar isso em uma carreira facilmente.
DB: Então, dança era um hobby e modelar se tornou uma carreira.
HB: Sim, e funcionou, eu acho?
DB: Você está na capa da Vogue Austrália!
HB: Meu sucesso na indústria de modelagem têm sido devagar e eu aprendi a ficar bem com isso. Eu sou mais baixa do que a maioria das garotas. Mesmo que eu tenha 1,72, eu não sou uma garota de passarela e eu costumava me sentir inferior a algumas de minhas amigas. Olhe para a Kendall [Jenner] e a Bells [Bella Hadid] e a Gigi [Hadid] … elas são todas altas e estão fazendo todos os desfiles. Por um tempo, havia uma parte de mim que não sabia se eu poderia ter a carreira que eu queria se eu não conseguisse fazer passarelas. Eu não acho mais isso. Tive muitas pessoas, tipo diretores de casting, me dizendo ‘Nós não achamos que ela é uma modelo de verdade.
DB: Isso deve ter sido perturbador. Como você lidou com isso?
HB: Foi decepcionante até eu descobrir meu próprio caminho. Eu não pareço pequena em fotos. Você pode fazer isso funcionar e não precisar fazer passarelas, e eu fiz um bom trabalho com isso. Estou orgulhosa de mim mesma por construir uma carreira mais comercial que funcionou para mim e estar confiante sobre isso. Eu apresentei um programa, fiz campanhas Americanas importantes, e um monte de outras coisas que realmente gostei. Algumas vezes sinto que ainda estou encontrando meu caminho, mas agora sei que estou indo na direção certa.
DB: Quais são alguns dos seus trabalhos favoritos?
HB: A primeira vez que fiz Guess e tinha um outdoor em Nova York. Para mim, aquilo era uma grande coisa. Meu nome estava lá e eu apenas me senti como: ‘Uau, isso é tão legal!’ Gigi fez isso também e eu acho que encaixou na direção que eu estava tentando seguir. Eu gostei de fazer Tommy Hilfiger, também.
DB: Todas as clássicas marcas Americanas.
HB: Essa é minha praia! Eu fotografei várias jeans quando era menor e sou muito grata por isso também.
DB: “Entendo. Eu tenho amigas que são mais garotas de editorias e elas matariam por um outdoor da Guess ou um contrato com a Tommy.”
HB: Eu amo ambos. Amo fazer editoriais, porque eu amo roupas. Tipo, eu realmente, amo mesmo roupas.
DB: “Me fale sobre seu estilo pessoal.
HB: Um dia eu quero criar minhas próprias roupas. Eu descobri que comprar não serve muito mais para mim, porque eu sei exatamente o que quero e procuro pelas roupas que serão o mais próximo das que eu gosto. Claro, existem algumas marcas que eu curto: Balenciaga é provavelmente minha preferida. Eu uso bastante, porque eu gosto do combo de estar usando roupas grandes mas ainda assim femininas. Eu amei todos os casacos nesta edição.
DB: A última vez que te vi, você estava usando um terno grande da Jacquemus. Eu acho engraçado ver todas essas garotas magras em seus trajes enormes.
HB: Eu gosto! É fácil ser uma garota pequena e usar roupas pequenas. É esperado que uma garota com um corpo em forma queira usar roupas apertadas o tempo todo, mas, para mim, é mais legal uma garota jovem fazer a vibe de moleca-mas-chique.
DB: Se eu tivesse um corpo como o seu eu usaria elastano o dia todo, todos os dias.
HB: Acho que sempre há a oportunidade de usar um vestidinho, sabe? Eu ainda uso minha parte justa de tops, mas me sinto mais confortável com minhas roupas folgadas.
DB: Eu li em algum lugar que você tentou registrar seu nome como uma marca de beleza, mas não estava disponível. Como é essa história?
HB: Todos pensaram que o nome ja tinha sido usado, mas na realidade meu marido é o dono. Eu não poderia registrar, porque Justin é dono de toda marca registrada com seu último nome. Honestamente, isso foi mais sobre ser proativo. Eu não tenho certeza de como eu quero mergulhar nesse espaço e isso tem sido uma conversa entre eu e meu marido. Ele acha que esse é um espaço que eu deveria explorar e eu realmente acho que é um espaço que ele poderia explorar os homens.
DB: O que você faria? Beleza?
HB: Eu provavelmente começaria com cuidados com a pele e corpo. Eu sou uma pessoa que gosta de cuidar da pele e eu amo estar no sol e eu amo loções corporais e produtos para o cabelo. Eu provavelmente iria nesse caminho primeiro antes de ir e fazer maquiagem. Kylie fez um trabalho ótimo com o que ela está fazendo com a marca dela, Rihanna fez um ótimo trabalho com o que ela está fazendo na marca dela. Então você tem Pat McGrath Labs e Charlotte Tillbury — é um espaço muito saturado.
DB: Você soa muito educada sobre a indústria.
HB: Bem, Eu tenho definitivamente feito uma busca silenciosa. Eu não falei com ninguém sobre isso ainda: eu não quero entrar num espaço se eu não for trazer algo diferente para a mesa. Eu quero tomar meu tempo. Isso deveria vir organicamente e eu apenas quero fazer coisas que eu amaria. Kylie tem sido tão bem sucedida porque ela fez produtos que ela realmente, realmente, realmente ama, e as pessoas amam o gosto dela.
DB: “Ela também tem zilhões de seguidores, o que ajuda também.
HB: Claro, e porque não utilizar isso?
DN: Em uma entrevista anterior você disse que casamento era difícil. Ainda é?
HB: Eu disse isso quando tivemos o primeiro casamento. Olhe, casamento sempre será difícil e eu acho que bons relacionamentos são relacionamentos que  você trabalha. Especificamente, eu disse isso quando tinham muitas coisas novas. Eu nunca morei com alguém antes. Eu nunca tive que coabitar com alguém nesse sentido, então eu estava aprendendo como dividir um espaço com alguém pela primeira vez. Nós estávamos tentando dobrar na direção um do outro e aprender o que era confortável.
DB: E, claro, vocês estavam fazendo isso na frente de zilhões de pessoas.
HB: Zilhões de pessoas nas quais tinham zilhões de opiniões. Agora é mais fácil porque nós achamos um ritmo. Nos divertimos mais juntos, o que é o que deveria acontecer quando você passa tempo com alguém que você ama.
DB: Se você pudesse dar uma lição que você aprendeu sobre estar em um relacionamento, qual seria?
HB: Compromisso. Se você não quer se comprometer você não pode estar em um relacionamento.
DB: A fé contribuiu para o bem-estar? Eu vejo muitas fotos de vocês entrando e saindo da igreja.
HB: Eu cresci na igreja cristã, a mesma que meu marido, e eu tenho sido vocal sobre minhas crenças. É algo que faz parte do nosso relacionamento e o deixa fácil também. Quando ambos acreditam na mesma coisa, isso facilita o conflito. É importante para as pessoas ter algo para acreditar. Não precisa ser cristianismo a propósito. A igreja que eu vou é a qual eu acredito que seja a verdade, mas isso não significa que vai ser a verdade pra você ou para outra pessoa. Espiritualidade e ter algo para se concentrar é importante. Eu vivo minha vida acreditando que quando eu morrer, eu vou para o céu. Se eu morrer e não tiver nada no fim, pelo menos eu vou ter vivido minha vida acreditando em algo.
DB: Última pergunta: você já assistiu o vídeo da primeira vez que você e o Justin se conheceram?
HB: Sim, claro, eu tinha 12.
DB: Você pode dizer que era uma Belieber então?
HB: Como qualquer garota nova, eu achava ele fofo e gostava de sua música e…
DB: Um, eu achava ele fofo e eh gostava da música dele e eu não era uma garota de 12 anos.
HB: Exatamente.
DB: Quero dizer, quem não era uma Belieber?
HB: Quem ainda não é uma Belieber? Eu sou a maior delas a esse ponto.
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